sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Imperialismo do gozo!


Um parecer real e sério sobre o assunto?

Durante muitos e muitos anos as mulheres questionaram e buscaram a sua liberdade sexual. Viviam reprimidas por uma sociedade machista e lutaram para ter a autonomia do seu corpo. Nada mais justo. Uma causa digna e louvável.

Tudo ia bem... até que banalizou. Até que chegamos a um estado de urgência sem precedentes. Uma liberdade que beira a vulgaridade, o excesso. Nesses novos tempos o sexo, o amor, os sentimentos perderam o seu valor. São valores toscos, antiquados, dispensáveis.

E eu me dou o direito de ser diferente. Revolucionar!

O domínio agora é outro. TEM QUE FAZER!!!

A menina hoje quando chega aos seus 13 anos - ou até menos - é pressionada pelas cologuinhas, pela televisão, pela mídia, pelos meninos, por uma sociedade torta, enfim, a iniciar o quanto antes a sua vida sexual. Bombardeiam-na com um monte informações que ela nem sabe como usar. E ela sede. Tem sua primeira relação com um namoradinho qualquer; e fatalmente engravida aos 15 anos, troca a boneca pelo filho, embora ainda veja o filho como boneca. O ciclo se repete. E não estou retratando apenas as classes menos favorecidas, de baixa educação. Esse não é um problema de classe social. A diferença é que a classe média-alta tem condições de "resolver o problema".


Eu não sou contra o sexo, não sou contra a liberdade sexual. Eu acredito que essa é uma prática necessária, saudável e importante sim. Mas eu sou contra o pular etapas, eu sou contra a banalização dessa atividade e contra principalmente a sua prática inconsciente e inconsequente.

E não...Eu sou fruto de nenhuma pressão religiosa ou familiar. Muito pelo contrário, eu fui incentivada muitas vezes a agir diferente. E tenho amigas que me contam suas aventuras, me [im]pressionam. Já ouvi muita piadinha, e tudo mais. E só gostaria de deixar claro uma coisa: Não sou santa!

A minha postura é de alguém consciente e que respeita as próprias necessidades. De alguém que é virgem não por castidade nem por negligencia, só porque acha importante ter uma relação (sexual ou não) calcada no amor.

Li ou ouvi certa vez alguém dizer: "Sexo sem amor é o mesmo que masturbação".

Em tempos de imperalismo do gozo, preservar-se é revolucionar. E um dia ou outro, numa época ou n'outra, revolucionárias, todas nós seremos!


Foto: Chiquinha Gonzaga (compositora, pianista e regente brasileira).

Dica: Conheçam a história dessa mulher!


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