sábado, 24 de outubro de 2009

Adeus!

Rio, sexta-feira, 23 de outubro de 2009.




“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”


Eu não sei explicar muito bem o que acontece, mas de alguma forma eu não consigo me desvencilhar dessa frase. Sinto-me compromissada com ela. E dessa forma me ligo também a você.


Eu precisava de num dia desses longe de qualquer interferência, poder te olhar nos olhos e dizer tudo o que se passa dentro de mim.

Sinto que precisamos, ou talvez apenas eu precise, desse acertar de contas. Expor-te as minhas idéias, te dar a chance de falar, nos dar a chance de seguir sem mágoas, sem dívidas.

Porque como as coisas foram acontecendo e deixamos levar, parece-me que sobraram farpas e eu gosto de tudo plano, límpido, bem acabado.


“As pessoas não passam em vão...”


Você foi importante, me fez bem ... e eu sou grata, sabe?

Eu não me esqueci disso. Eu não deletei o teu cuidado, o teu carinho, os teus mimos... Eu guardo boas lembranças da nossa convivência. Eu guardo um bem-querer por ti, que eu tento preservar desses nossos desencontros, desencantos, desacordos de idéias e conduta. Eu tento resguardar o que foi bom. Eu tento só guardar o que foi bom. Eu tento não ser desumana, desonesta contigo.


Ahh, eu precisava te ver, te falar...

Eu precisava te entregar as tuas coisas e te abraçar um abraço amigo...nos despedirmos, sabe?

É que por mais que eu me esforce eu sinto que algo se quebrou. Que não dá mais pra ser aquele lance bonitinho que era antes...

Soa-me falso agora, e pode ser que não seja, mas eu não consigo mais...Então seria falso ou forçado da minha parte, e você não me merece pela metade. A gente tem que dar amor (qualquer forma de amor) por inteiro.

E a desconfiança nos destrói, mina a nossa chance de construir algo belo e sólido.


Ahh, eu só queria agradecer...

Só precisava falar que não te abandonei...

Só precisava garantir que somos adultas para tocar o barco, e ver que estamos remando em marés opostas...você percebeu?


Seja feliz, por favor!

Faça as pessoas a sua volta felizes, por favor!

Eu acredito nisso: que você pode, que você consegue se você quiser.


Olha meu bem, a gente se esbarra qualquer dia desses, e se você ainda quiser aquele abraço, eu não vou te negar.


E agora vamos em paz?

Adeus!


CNES.

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